Certa vez um rapaz foi ter conselhos
de Hebe de Kotzke, para sua vida pessoal e antes que ele dissesse algo o Rabino
disse:
Meditei sobre o tema e me perguntei quantas vezes eu deixei de ser eu para: agradar, sentir raiva, impotência, inferioridade, prepotência, arrogância, desprezo...
Constelação Familiar
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“Se você é você, porque eu sou eu
e eu sou eu, porque você é você, então, nem eu sou eu e nem você é você e
agente não tem o que falar.
Mas se eu sou eu, por que eu sou
eu e você é você, por que você é você, então eu sou eu e você é você e podemos
conversar”.
Ao ouvir essa história, exercitei
minha empatia.
1° uma confusão mental, meu rosto
se retorceu como quem pergunta: ‘Ãh?’. Depois perguntei como se fosse o rapaz:
‘Putz! E agora, continuo ou vou embora?’.
Meditei sobre o tema e me perguntei quantas vezes eu deixei de ser eu para: agradar, sentir raiva, impotência, inferioridade, prepotência, arrogância, desprezo...
Como me coloquei com verdade, diante
de mim; fatos antigos, que eu nem lembrava, vieram a tona desafiando o caminho
de Luz que resolvi seguir. Como sei que falta muito à iluminação... Mãos à obra.
Ao tomar consciência, me afastei
das emoções, senti a que mais me afligia e sem rejeição, perguntei: ‘O que deixei
de ver?’. Respirei lenta e profundamente. Depois me deixei ser tomada pelo
campo, com respeito e compaixão.
A mente me trouxe: Ana, 30anos de
analise, separada, filha 15 anos, trabalhava, vivia brigando com o ex. Ele negava
pensão à filha. De verdade? Ele negava dar seu dinheiro à Ana, porque a filha ele
presenteava.
Ela repetia, com altivez e
importância exagerada: ‘Eu já perdoei. Eu quero estar bem comigo. Ele que se dane...
’. Lembrei que fiz perguntas, que a levasse à consciência da dor retida atrás
do ego, mas ela xingou ele, a namorada nova e ainda se dizia melhor na vida, do
que muitas pessoas.
A família de Ana: pai alcóolatra,
mãe provia a casa, excluía o marido e ‘sofria’ para Ana e a irmã o rejeitar.
Era clara a situação: Ana queria tomar do marido o que o pai não deu. Ele se sentiu
sufocado e a deu motivos para excluí-lo. Por trabalhar desde criança Ana mantinha
uma falsa força e enfraquecia a família.
Aos poucos me lembrei de casos
antigos, supostamente esquecidos, nos quais minhas ações foram cheias de
pretensão. Eu cobrava ações corretas das pessoas, me sentia a vítima
injustiçada, perseguida. Fiquei ali por um tempo. Via o quadro ser pintado com
detalhes que voaram à minha infância, à história de vida de meus pais. Eu vi casos
que ouvi falar e traziam dores terríveis à minha alma. Uma pressão no peito.
Respirei lenta e profundamente à pressão. Tive consciência de que o desafio não
era meu, e percebi que sofrer por ele, no lugar de alguém, era tirar a força do
desafiado. Até que senti um alivio, algo em mim se dissolveu em amor.
Quando conhecemos o pensamento
sistêmico, que é a base da Constelação Familiar de Bert Hellinger, a vida fica
mais fácil. Olhar à dor deixa de ser um terror, podemos amá-la, agradecer a
força que ganhamos através dela e liberá-la livres da culpa e com amor.
Eu Sou
Marcia PimentelConstelação Familiar
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